segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Eu sou só mais uma... uma voz perdida na multidão. Sou só mais um respirar ofegante e um vulto na escuridão. E eu me contentei em ser assim, porque há muito tempo, alguém me disse que era preciso sorte... e eu me encontrei numa maré profunda de azar, porque alguém me disse que era preciso beleza... e o espelho sempre me rejeitou.
Mas continuei o caminhar sendo só mais um número, sendo só mais um crânio, sendo só mais alguém.
Eu costumava sonhar com castelos e luxos, com vidas e ventos... hoje, apenas me sinto feliz em poder, algumas vezes, sonhar...
Eu não estou perdida, eu não estou feliz, eu só estou aqui, parada, intacta, com minhas mãos trêmulas e a esperança que surge no fundo... de talvez ser um espírito incorruptível.
E minhas palavras, há muito, pararam de fazer sentido, e meu olhar, há muito,de brilhar.
Porque eu, sendo só mais uma, me contentei em ser assim.

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