E eu juro que não lhe direi nada além do que realmente vi. Eu vi centenas de pessoas acreditando fielmente que a sua própria verdade era única e absoluta, se envolvendo em discussões fajutas, numa briga que diziam ser ‘’moralista’’, mas que na verdade só envolvia status e palavras difíceis. Estavam numa competição desenfreada porque por algum motivo, precisavam provar um pro outro, e principalmente pra si mesmos que eram os mais ‘’cults’’ do mundo. Talvez porque a vida fora tão superficial que não os ensinou que não precisavam provar nada pra ninguém. Talvez porque a vida não tenha os ensinado que ser ou não ser intelectual e pessoas cheias de informações picadas, não os trará felicidade ou os tirarão do abismo em que estão.
Eu encontrei pessoas hipócritas que inventavam desculpas que nem eles próprios acreditavam e isso tudo para não precisarem encarar o espelho todos os dias e se verem como pessoas que traíram a vida, seus princípios, sua felicidade, sua conduta, e o principal: sua moral, a moral que insistem em defender arduamente - como eu já disse, anteriormente, por questão de status - porque assim fica mais bonito, fica mais inteligente, talvez assim ganhem algumas curtidas e ‘’hashtags’’ de ‘’boto fé’’.
Eu vi pessoas se afogando nas próprias mentiras, pessoas que não sabiam mais no que acreditar, porque estavam tão cheias do que acreditavam que eram, que haviam perdido dia pós dia a verdadeira essência de ser real e humano, de não precisar ser perfeito sempre, de não precisar escrever um português impecável, e poder dizer com prazer um profundo ‘’mermo’’, com um ‘’r’’ puxado, e a sensação gostosa de ser brasileiro.
Eu encontrei pessoas que protestavam sobre a ignorância humana, mas não levantavam a bunda do sofá pra poder ir na padaria, comprar um pão, e recuperar a inocência e essência de uma criança, e me perguntei várias vezes, se aqueles falsos protestos eram mesmo válidos, quando a televisão os impedia de levantar... quem dirá de mudar o mundo.
E vi pessoas que choravam o leite derramado, mas não faziam nada para impedir que o mesmo derramasse, eu vi pessoas que engoliam a vida como ela é, só porque daquele jeito parecia mais fácil, só porque a tamanha ignorância os impedia de ver que a vida é inteiramente construída de escolhas, e que dormir 24/7, não é, definitivamente, uma boa escolha de vida.
Mas por último, por último...eu vi pessoas que eu realmente botava fé, pessoas que não precisavam de uma discussão moralista no ‘’facebook’’, mas que se afundavam em livros e opiniões sobre a vida, pessoas que se entretinham não com uma bunda, e sim com um bom professor argumentando sobre o mundo contemporâneo, porque essa pessoas que vi, sabiam, e tinham a profunda convicção que o mundo é mais do que uma superfície frágil, que as pessoas vão, mas as histórias ficam, e essa pessoas que vi, queriam fazer a diferença, queriam fazer histórias.
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