quinta-feira, 11 de julho de 2013

     Belo Horizonte, 30 de janeiro de 1998      

     Amor, hoje lhe escrevo essa carta, não porque acredito que você vá ler, porque você não vai, são só algumas coisas que estão entaladas aqui comigo desde o dia em que você se foi.
    Era uma noite como essa quando nos conhecemos, as estrelas iluminavam o céu, você estava lá sentado naquele banco na praça, avoado e distante, seus olhos brilhavam mais do que as estrelas daquela noite, e seu sorriso era o mais bonito que eu já vira, mas eu nunca te disse isso.
    A partir daquele dia eu não consegui mais tirar o olho de você, você era tão inteligente, lindo, interessado e meigo, em pouco tempo me apaixonei, acho que nunca tinha te dito isso também, porque me fiz de durona por muito tempo, não era porque eu não gostava de ti, era porque eu tinha medo da forma rápida como me conquistou.
   Lembra daquela história que me contou antes de partir ? Você estava deitado naquela maca, fingindo estar bem, e sussurrava baixinho uma história sobre a chuva que eu nem entendi bem, você dizia: a chuva traz de volta tudo o que levou, essa história é o motivo deu estar tão brava com você; ontem chovera muito,  mais do que em qualquer outro dia depois que você me deixou, e eu esperei durante a noite toda, mas hoje quando eu acordei, você não estava aqui, nunca mais vai estar.
    Eu espero que você tenha encontrado o que veio a terra procurando, porque eu, definitivamente encontrei.
    Com saudades,

                                                                                         Alguém que te amará eternamente.


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